Adeus.
O tempo foi só o de procurar um poema. Depois, fui-me embora.
IX
Perdi os meus fantásticos castelos
Como névoa distante que se esfuma...
Quis vencer, quis lutar, quis defendê-los:
Quebrei as minhas lanças uma a uma!
Perdi as minhas galeras entre os gelos
Que se afundaram sobre um mar de bruma...
-Tantos escolhos! Quem podia vê-los?
Deitei-me ao mar e não salvei nenhuma!
Perdi a minha taça, o meu anel,
A minha cota de aço, o meu corcel,
Perdi meu elmo de oiro e pedrarias...
Sabem-me aos lábios súplicas estranhas...
Sobre o meu coração pesam montanhas...
Olho assombra as minhas mãos vazias...
Florbela Espanca
Perdi os meus fantásticos castelos
Como névoa distante que se esfuma...
Quis vencer, quis lutar, quis defendê-los:
Quebrei as minhas lanças uma a uma!
Perdi as minhas galeras entre os gelos
Que se afundaram sobre um mar de bruma...
-Tantos escolhos! Quem podia vê-los?
Deitei-me ao mar e não salvei nenhuma!
Perdi a minha taça, o meu anel,
A minha cota de aço, o meu corcel,
Perdi meu elmo de oiro e pedrarias...
Sabem-me aos lábios súplicas estranhas...
Sobre o meu coração pesam montanhas...
Olho assombra as minhas mãos vazias...
Florbela Espanca
1 Comments:
hei...eu gosto dessa mulher :)
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