Saturday, February 24, 2007

O que aprendi ontem.

O egoísmo é o hábito ou a atitude de uma pessoa colocar seus interesses, opiniões, desejos, necessidades em primeiro lugar, em detrimento (ou não) do ambiente e das demais pessoas com que se relaciona. Nesse sentido, é o antônimo de altruísmo.


Egoísmo e Egocentrismo

O egocentrismo caracteriza-se pela fantasia de imaginar que o mundo gira em torno de si, tomando o eu como referência para todas as relações e factos. Uma pessoa egoísta pode não ser egocêntrica, uma vez que luta para fazer com que os fatos se amoldem a seus interesses. A pessoa egocêntrica é egoísta, no sentido de que não consegue imaginar que não seja ela a prioridade no mundo em que vive. O egocentrismo é próprio da infância, como passagem para que a criança possa aprender a noção de referência a partir do eu e então aprender a criar outras referências que não o si mesmo.

Saturday, February 17, 2007

Vinte anos.

Obrigada, obrigada a todos. Primeiro, obrigada à Maria e ela sabe bem porquê. Pelo que é. Pela amizade que me dá todos os dias sem excepção. Obrigada ao Pedro, à Ângela que andou de muletas rua acima e rua abaixo, à Sandra (sorriso meigo..), à Inês. Obrigada ao Gonzas que é o homem da minha vida e à Joaninha que me diz sempre as coisas certas nas horas certas. Obrigada ao Tiago e a todas as pessoas que me ajudaram a esquecer coisas menos boas, neste meu dia.
Quero mais... [sorrisos...]

Saturday, February 10, 2007

A outra capa do livro.

Tenho visto o tempo mudar. Tenho tido tempo para o tempo. Tenho passeado nas ruas onde já me passeei antes, sem que me pesem os ombros e me arda o peito. Tenho sorrido sem ter medo de parar de o fazer. Porque parar é a única forma de seguirmos em frente, de continuarmos. Tenho ouvido as minhas músicas mais bonitas sem querer trocá-las por outras. Tenho ido a exposições e a concertos sem desejar que outra pessoa lá estivesse comigo. Tenho ouvido jazz, oldies e tenho entrado em lojas onde se vendem discos de vinyl. Não me dói, juro que não. Tenho tirado fotografias sem pensar que ficariam melhor se me ensinasses, tenho gostado delas como ficam. Tenho arrumado e limpo a casa, tenho feito a cama. Tenho ido a horas para a escola e tenho tido vontade de ir a ler e a ouvir música sem querer evitá-lo, sequer. Tenho apanhado o metro, tenho andado de eléctrico e tenho ido à feira. Não me dói, juro que não. Tenho escrito e desenhado e tenho pintado. Sabe-me bem ter-me. Sabe-me bem o meu amor próprio de volta. Tenho ido jantar fora, tenho ido ao cinema e ao teatro. Tenho passado pela casa dos bicos e tenho passeado pelo castelo e tenho sido feliz. Tenho tido duas pernas e muita vontade para muito. Tenho estado com os amigos. Tenho estado com a Maria que compra camisolas que tu ias gostar e tenho-lhe dito: "Compra, Maria, fica-te bem!" sem ter medo que me lembre de ti, quando ela as usar. Tenho comido frango. Tenho cozinhado arroz. Tenho sido uma criança, que é o que de mais belo há. Tenho sido pequena, tenho sido crescida. Tenho tido cabeça. Tenho ouvido Madonna e tenho gostado. Tenho comprado cds de Drum ´n Bass, tenho lido a fio livros de História de Arte. Tenho pegado na minha guitarra e tenho vindo a perder a vergonha de cantar. Sabe-me bem cantar de noite e ouvir a chuva lá fora. Tem chuvido. Tenho-me deitado cedo. Hoje já durmo na cama. Está feita. Tem-me doído as costas. Tenho chorado de emoção para comigo mesma. Tenho dito emoção sem ter medo que não compreendas. Tenho pensado que quero que estejas bem, estejas onde estiveres, com quem estiveres. Tenho sorrido. Tenho entrado em lojas de roupa de bébé e fico lá a deliciar-me. Tenho subido o elevador da bica sem ter medo de te encontrar lá em cima. Tenho ido beber chá ao bairro alto e comer scones. Tenho vivido.

Sunday, February 04, 2007

Picasso, o gato.

Deitou-se ao meu lado. Há imenso tempo que não o fazia. Aceitei a sua ausência por uns tempos. Talvez ele não pertencesse aqui nesse tempo. Talvez não houvesse o tempo no mundo dele. No meu não havia. Talvez ele não quisesse cá estar e ver-me chorar e sentir o meu corpo todo a tremer por dentro. Talvez ele não soubesse, sequer, que choro. Ele chora. Eu sei que chora.
Devagar tocou a manta com o focinho e levantou-a. Ficou a olhar-me pelo bocadinho de luz, entre a manta. Os olhos dele são bonitos. Verdes, acho. São grandes. Ele é pequeno. Eu sou grande. Ele cresce? Eu cresço.

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